quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Quase biográfico

Na mesinha do lado da cama repousa Clarissa, um livro alaranjado de pequena espessura feito, porém, de páginas delicadamente escritas para encantar o leitor. Da narrativa simples surge uma vontade imensa de resgastar a personagem pra fora do papel e lhe contar os mistérios da vida que tanto lhe causam curiosidade.
Por quê? Ora, basta lembrar de si com os mesmos anos. Menos ingênua - claro, mas com a mesma mania de absorver do mundo todos os segredos, as confissões, as explicações, as razões, os desejos... Sentir, guardar dentro de si e criar um quebra-cabeça da vida.
Tudo é tão novo, espetacular e instigante! E a cada descoberta incipiente um sentimento de superioridade submissa, afinal ainda há de vir outra revelação. É como mergulhar na onda forte e esperar a próxima, confiante por ter ultrapassado a primeira.
O engraçado é que dizem: "Criança é que é feliz. Tudo é festa, veja só!". Mas o mundo não pára, o novo não deixa de surgir, os mistérios tornam a se multiplicar.
Não se aborreça, Clarissa. Haverá sempre o que descobrir. Até porque o inexplicável de um dia para o outro se transforma na mais compreensível das coisas, e é assim desde sempre.

2 comentários:

Anônimo disse...

E a mais compreensível das coisas se torna inexplicável também? Ai vida paradoxal!

Anônimo disse...

cadê o suin, quer dizer a wi!?
O.o
faz dois dias que não aparece!
[...]

comentário sore opost?a mesma inexplicável identificação com as palavras. não to com muita paciência pra tentar filosofar (mesmo que de forma barata rs)

ah posso te contar minha descoberta de hoje: argila é legal =P, mas neste momento queria aprender a curar soluço pq essa coisa de dar susto é uma grande palhaçada hunf!

um beijo bonitaaaa
:D