quinta-feira, 17 de julho de 2008

E da muralha caiu uma pedra.

Querendo ser rígida, forte, superior a todas as tempestades, sobrevivente de todas as catástrofes. Mas peca por ser real, por sentir e por viver. Não há fortaleza capaz de barrar o inevitável, de controlar o tempo e o destino - coisas tão independentes à sua vontade e invencíveis na luta vã que decretara.
Eis que um dia o vento e a chuva vencem. Sua rigidez e imponência se esvaem nas partículas do ar e uma gota - que nasce dela - escorre por entre seus frisos, umedecendo-a por dentro. A estrutura supostamente tão forte é desmascarada; o interior corroído e abalado aflora, publicando a verdade escondida. Ou não.
Enfim, cai uma pedra: aquela que sustenta toda a construção. Os que olham apenas esperam, temerosos ou solidários, a derrocada final. E ela será um recomeço, nada mais que um recomeço.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, exatamente como eu me sinto agora. :~

Anônimo disse...

Esse texto resume minha última semana de férias. . . O q farei agora que aceitei a verdade???

Anônimo disse...

Um recomeço *pensa*

Anônimo disse...

Brigado Natããlia. . .