domingo, 23 de dezembro de 2007

Um balanço

2007 foi um ano que com certeza eu não vou esquecer, por inúmeros motivos.
Terminei o colegial, dei muitas risadas, conheci pessoas incríveis, reafirmei amizades de longa data, descobri que meu pai estava doente, abandonei coisas e atitudes que já não tinham utilidade na minha vida, fiz algumas conquistas(a principal ainda está em andamento...rs), entre milhares de outros fatos, feitos e frivolidades. :P
Como sempre acontece, gostaria que algumas coisas tivessem sido diferentes. E essa vontade nunca foi tão forte, porque alguns acontecimentos mudaram minha vida e de várias outras pessoas consideravelmente, de forma não muito agradável. E mudaram, principalmente, meu modo de encarar a realidade.
Não quero fazer muitos projetos para o ano que chega. Sei que minha rotina vai mudar, e muito. Mas pela primeira vez estou adorando a perspectiva de grandes mudanças.
Na virada, entretanto, só tenho um pedido: aproveitar cada instante da melhor maneira possível.

Bom Natal e um novo ano com 365 dias de realizações!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Ela quer trazer recordações. Pra ouvir o ninar de Vivaldi, pra ditar histórias infantis bobinhas, pra ouvir pitacos nos seus desenhos e textos, pra fazer cartões de Dia dos Pais cheios de purpurina e frases feitas, pra enxer o saco até ele levá-la no mar, pra xingá-lo de nojento quando ele mostrar a comida na boca, pra receber as flores de aniversário sempre tão esperadas, pra ouvir as gracinhas que a todo instante ele solta, pra reclamar como o seu Papai Noel troca os presentes que ela pede, pra ouvir que qualquer ajuda dele custa R$1,99, pra comparar as mãos tão parecidas dos dois, pra implicar com o time dele, pra escutar as piadinhas com o time dela, pra levar bronca, pra receber carinho.


Só lembrando de instantes e particularidades. E vivendo o agora sem pensar em quanto tempo ainda temos juntos.
"(...)Ai, não me deixe aqui. O sereno dói..." - Paquetá, Los Hermanos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sobre a verdade

O homem gosta de definir coisas abstratas, não? Beleza, felicidade, sucesso, amargura, certo e errado. Pra mim é mera comodidade, pois tudo nessa vida tem seu significado moldado de acordo com os critérios, os ideais e os interesses de cada indivíduo.
Estava me perguntando hoje o que seria de fato a verdade. É algo que 10 entre 10 pessoas exigem das outras: do marido, da mulher, do amigo, do filho, da mãe, do pai, do vizinho, do cachorro, do jornalista, do médico, do presidente e até de Deus. De fato, sem ela o mundo seria uma encenação sem regras e ordem. Mas até que ponto pode-se defini-la?
Gosto da verdade, da sinceridade, da honestidade. E procuro tudo isso nas outras pessoas. Mas minto, como todo ser humano ao menos um dia o fez. Invento desculpas, amenizo palavras duras, omito coisas desnecessárias e inconvenientes - para mim ou para os outros, distribuo sorrisos que não passam da mera responsabilidade social, entre outras atitudes tão verdadeiras quanto as promessas políticas do Maluf.
Até no meu próprio jeito de ser às vezes é difícil distinguir o que realmente é verdade, ilusão ou farsa. Não que eu seja uma atriz, representando papéis de acordo com o ambiente, as pessoas e a necessidade. Mas é fato notório que todo mundo nesse mundo tem um modo de agir diferente em cada ocasião e em cada círculo social.
De verdade mesmo, a gente é só na consciência, o lugar onde ninguém chega e onde ninguém critica o que você é ou o que você faz.
=]

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Bienvenu

Olá! o/
Pode entrar, afrouxar o sapato, sentar-se à vontade e inclusive colocar o pé na mesinha de centro. Nenhuma frescura, proibição ou exigência. :)
Criei esse blog por algum motivo excuso que nem eu sei ao certo. Talvez seja uma forma de deixar fluir coisas que guardo por bloqueio, ou apenas um jeito de passar o tempo neste mundo cibernético. Terapia, hobby, diversão ou falta do que fazer, fica a cargo do "visitante" decidir o que exatamente isso aqui significa.

O "premissa e conclusão" não tem um porquê especial. Há algum tempo li isso na melhor obra de Machado de Assis(meu autor preferido), Dom Casmurro, num trecho sem muita importância que fala do caricato agregado da história, José Dias: "(...)Na rua, íamos calados, ele não alterando o passo do costume - a premissa antes da conseqüência, a conseqüência antes da conclusão..." Gostei da construção e depois acabei lendo um conto do mesmo Machado com a tal expressão: "E a tua conclusão será como a tua premissa: em caso de tédio, antes um marido que nada."
=D

Bem, sem mais delongas...
Até e obrigada pela visita!