Então o cansaço os abate. Ofegantes e fatigados, repousam sobre a cama. Distantes, até caírem num sono perturbado.
Em algum outro lugar, só ouvidos atentos podem captar os sussurros. Mãos deslizam sobre ambos os corpos, a pele arrepia-se no mais suave dos toques. Palavras solitárias preenchem o profundo silêncio e ressoam como poemas, cânticos. Bocas umedecidas encontram-se, separam-se e experimentam sensações, revelando fraquezas tão ternas e delicadas quanto intensas. Falta-lhes o ar, o controle sobre si mesmos: eis a entrega. Cadenciados e harmoniosos, sentem-se leves, quase inexistentes. Ao mesmo tempo, muito vivos. Coração pulsando desregulado, sorrisos íntimos e olhares que invadem-se. Sentidos explorados até o último instante.
Então o cansaço os abate. Ofegantes e fatigados, repousam sobre a cama. Conectados, até caírem num sono acolhedor.